16 de nov. de 2011

a verdade

se tem uma coisa que eu não entendo é porque essa velha historinha se repete: um integrante do casal termina o relacionamento e tenta fingir que não é por causa de outra pessoa. pra mim isso é "subestimação de capacidade mental". será que acham que dói menos para o companheiro pensar que vão se separar só porque não conseguem mais suportá-lo e então duas semanas depois ter a sorte de encontrar uma loira magra, sem celulite, tipo barbie. enquanto a ex passa noites em prantos rasgando lençóis toda vez que olha para aquele porta retrato vazio.

é como aquelas criaturas que concebem uma farsa em vez de falarem a verdade, nua e crua. quando a verdade é melhor que a mentira, coisa que a gente já nasce sabendo.

me lembro agora de um amiga desmarcando um encontro com um rolinho só porque estava com uma espinha na testa e todos as calças na costureira (problemas que mulheres sofrem na transição inverno-verão). foi pra faculdade com uma calça ridícula, estilo Restart, na esperança de na volta pegar uma das calças que ficaria pronta na costureira, mas a costureira passou mal e foi parar no hospital.

então ela mandou uma mensagem pro moço bonito, dizendo que sua prima vinha do interior visitá-la e iriam assistir o vídeo de casamento da sua irmã. e não é que ele sugeriu que elas vissem o vídeo juntas enquanto ele fazia o jantar. mas não existia vídeo e muito menos prima.

eles só tinham saído três ou quatro vezes. ele achou que ela estava querendo ver outro naquele dia e deu o fora. minha amiga passou a noite sozinha comendo chocolate, com a calça estilo Restart e uma espinha no meio da testa.

a verdade nem sempre é mais doce. mas é o melhor.