22 de dez. de 2011

dois mil e onze: O ano.

dois mil e onze em uma palavra: INTENSIDADE.

tiveram lágrimas? sim.
senti uma dor aguda? sim.
e foi daquelas que parece que não vai curar nunca? sim.
foi bom? não.

FOI ÓTIMO!

após o término de um relacionamento o que todos me diziam é que iria ser difícil.

e... foi.

início eufórico e a dor veio depois. mas ela veio, e me deixou mais forte.

vida nova: novos sonhos, novos sorrisos, novos amigos, novos olhares, novas cores.

foi uma perda. mas como é alegre a sensação de se recuparar de uma dor, a felicidade da superação. meu relacionamento acabou, mas acabou me ensinando muito também. muito mais que eu possa contar com palavras.

descobri tanto nesse ano. tantas coisas. tantos lugares. tantas pessoas. momentos que eu não sabia o quão me fariam sorrir.

há uns anos atrás, quando eu era bem mais novinha e ingênua do que continuo sendo agora, talvez eu sentisse medo. mas foi um dos poucos sentimentos que eu não senti. não tive medo em nenhum instante. nem da solidão. nem de que não fosse passar a dor. e muito menos das cicatrizes.

eu por mim mesma.
eu quero cair. e errar. e chorar. e levantar. e descobrir.

numas dessas noites, dançando e suando, veio um porre. outro porre. sensações que eu não me esqueço. foi libertador. minhas amigas diziam: você está vivendo sua adolescência tardia.

houve queixos no chão, sustos, momentos de lágrimas.
vieram e foram.
assim como tudo na vida. o que fica é que o gente quer, o que a gente aprende.

e agora, a vontade que tenho é gritar pro mundo...para as pessoas que sentem medo, que guardam sentimentos, que alimentam dúvidas, que estão cheias de curiosidades: VIDA a gente só tem uma e a única coisa que fica no seu caminho é VOCÊ. e tem que existir o momento de esquecer VOCÊ. o momento de se soltar. os pudores, os medos, os receios, as inseguranças...VOCÊ precisa viver, não há ninguém que possa viver por VOCÊ, e principalmente, não há ninguém que possa derrubar VOCÊ a não ser VOCÊ mesmo. eu sei, cada escolha, uma renúncia. mas há renúncias que abrem portas e portas que abrem emoções infinitas.
há tanto para descobrir, e tanta gente dormindo...

dois mil e onze foi um tsunami na minha vida, mas eu devo a ele um baita salto qualitativo do que eu era antes dele e do que eu me tornei ao fim:

-minhas dores na costas foram parar lá nas botas de judas. e coisa ruim não deixa saudade. que por lá fiquem.

-curiosidades eu resolvo em dois toques. pra que dificultar o simples?

-futebol é minha paixão. e paixão a gente não larga, lição anotada! foi um ano de muitos gols e hematomas.

-deixei reinar a Pollyana que existe em mim. jogo do contente voltou pro lugar de onde nunca deveria ter saído.

-perdi o fôlego como uma criança. tantas e tantas vezes.

-ganhei um presente daqueles que te faz chorar de felicidade. Eloisa: um novo amor pra minha vida.

-frequentei mais do que nunca bares. e tantos gostos novos de bebidas novas. e tantos risos de conversas bobas. tantos finais de tarde coloridos e de tão simples, encantadores. um bar, amigos e um chope gelado. quão pouco é preciso para ser feliz.

-revi amigos. investi em velhas amigos. fiz novos amigos. mais uma coisa que ficou pra sempre: não se afaste dos seus amigos por nada, nem ninguém. porque amizade é acima de tudo certeza. o que distingui de outros sentimentos. tem gente que sempre vai estar lá. casamentos terminam, mas amigos segurarão tua mão pra sempre.

-videogame foi paixão de criança. minhas metas profissionais nos afastaram. e tem duas coisas que pra mim é oito ou oitenta né: queijo e videogame. mas esse ano, de férias de estudos, VORTEI. amor meu, vorteiii e te lovu demais da conta.

-fui a Fortaleza com minha xuxu, foi mais que demóis. 

-chorei de rir de coisas idiotas. idiotice, sim, é vital para a felicidade.

-comprei um roller. o caminho é longo. mas o sucesso a de vir! hehehe

-comi muito, mas muito chocolate.

-rezei quase todos os dias. pedi menos, agradeci mais.

-sonhei muito com a vó Eva. tão feliz ela ter encontrado esse jeito de me dar um alô.

-alimentei meu diário, reli ele diversas vezes. aprendi com ele.

-tentei (na prática) superar traumas. já nem tô achando tão péssimo dirigir.

-fui a missa um montão de vezes.

-minha irmã não abandonou a engenharia, tive tanto medo disso. e, agora eu sei, muito mais que te empurrar quando for preciso, eu quero te ter por perto. só essa faculdade acabar, do meu lado é o teu lugar (opaa, sou muito poeta né, até rimou)

-cometi loucuras. quanta verdade já dizia Arnaldo Baptista: "mas louco é quem me diz que não é feliz".

-corri muito. correr é desafiar limites. existe algo mais gostoso que isso?

-fui pra cidade maravilhosa um montão de vezes. e lá irei sorrir novamente daqui a duas semanas #ansiosa.

-comecei a ter mais paciência comigo mesma: eu erro, nem tudo que faço pode ficar perfeito. e nem vai! e isso não pode me impedir de sorrir pelo resto todo.

- pela Odontologia o que eu sinto é amor, mesmo. 

-conquistei um emprego ótimo. vinte e três anos e profissionalmente muito bem resolvida. uebaa! :D

-tive a sorte de trabalhar com uma pessoa iluminada. coisa tão rara. meu trabalho é sinônimo de sorrisos, literalmente.

-eternizei em mim minha melhor verdade. "On ne voit bien qu'avec le coeur. L'essentiel est invisible pour les yeux."

-me esforcei pra corrigir erros e defeitos. alguns sem sucesso. sufoquei esse meu orgulho maior do mundo em inúmeros momentos.

-foram muitas as sextas sertaneja alegria no café de la musique. ganhei bolhas nos pés e perdi a voz em quase todas.

-descobri que meus cabelos podem me dar money (sim, agora eu saiu lucrando a cada corte, uhuuu)

-li muito. Martha Medeiros, Caio Fernando,  Khaled Hosseini, Umberto Eco, Arnaldo Jabor, Friedrich Nietzche, Clarisse Lispector...

-me reaproximei do meu caso de amor mais antigo: minha bff. desde a fraldas e os aniversários de mentirinha, os acampamentos dentro de casa e as roupinhas de barbie, e os tombos de bicicleta e as festinhas do colégio. a vida nos levou para caminhos diferentes, mas o amor ficou. e depois desse tempo todo separadas, a gente viu mesmo, que no fim, quando os planos caem por terra, quando os sonhos não dão certo, é a mão uma da outra que a gente tem. pra sempre é tão pouco diante do que a gente pode afimar sobre nós.

-tirei longas férias de estudos. mas eu tinha muito crédito pra isso né?! ano que vem se Deus quiser inicio a especialização. em pensar que ano passado quis por tantas vezes queimar os livros, hoje sinto é saudade.

-conheci a pessoa do riso mais fácil do mundo. xucrutinha inha inha.

- vi o nascer do sol depois de dançar mucho dez vezes mais que somando todos os outros anos da minha vida

-Olímpico Monumental é segunda casa. por lá estive com -2º ou com 40º. na boa ou na ruim: é um sentimento.

-conclui uma coisa obvia: eu realmente amo esportes. TODOS.

-joelhaços não são meu ponto forte. muay thai é força. #paixão.

-descobri que ninguém me conhece tão bem como o Caio Fernando de Abreu. ele simplesmente sabe de todos os pedacinhos que sou feita e sai contando de mim por aí.

-consegui ler Clarisse Lispector sem me deixar doer tanto por dentro.

-e nesse último mês de dois mil e onze, uma lâmpada se ascendeu acima da minha cabeça e eu descobri um segredo. e como é um segredo, eu não vou contar. :P

WELCOME dois mil e doze, vem que tem!


16 de dez. de 2011

"Eu queria que papai noel me desse um chinelo novo o que eu tenho o pai já pregou duas vezes e os pregos machucam."
Carolina, 9 anos.

peguei essa cartinha no correio ontem.

chorei.