20 de jun. de 2012

eu, por mim mesma

hoje me sinto em casa dentro do meu próprio corpo. ontem, eu era uma hóspede de mim mesma. e que coisa, a gente não conhece certas coisas enquanto não as vive (nem a nós mesmos), a gente nem mesmo sabe que pode ser melhor ou diferente ou mais difícil ou mais doloroso. a gente não sabe.

e fico tão feliz agora, quando paro e vejo: sim eu sei quem a josiani é, o que é ela gosta, o que ela sente, do que ela tem medo. ela por ela mesma. não ela com alguém...

não desprezando a companhia de alguém em qualquer relacionamento, que claro, nos faz bem e também nos ensina. mas não há nada, absulatamente nada, que nos traga paz maior do que a solidão. e eu falo da solidão “usufruída” no seu melhor e no seu pior, não só aquela de ficar deitada um dia inteiro depois de uma noite feliz, assim, sentindo a alegria de estar vivo. ou aquela de correr kms só com a cia de suas músicas preferidas e do sol...mas também aquela de sentir uma dor e segurá-la com nossos próprios braços, de chorar no chuveiro o choro contido e logo depois encontrar num livro um amigo, de acordar cedo e ir a luta, assim, sozinho. e se não der certo? você pode fazer diferente, você sabe que é capaz.

e essa é a chave, não que um outro não possa fazer por ou com você, mas viver com uma sombra, com uma escora sempre, nos limita da mais fantástica sensação a qual experimentei até hoje: conhecer-se a si próprio.