21 de nov. de 2012

tudo sempre passará, já dizia o poeta

se uma amiga linda te liga as quatro da madruga de uma terça-feira, talvez por uns momentos ela não seja mais tão linda assim. bom, mas ainda assim, é amiga. então acorde-se madame que o que te espera são horas e horas de uma conversa que eu já até sei como termina. mais um caso típico de babaquice emocional, fato que vem se alastrado como fogo entre os homens com menos de 30.

escutei entre soluços e lágrimas a mesma ladainha de sempre, mulheres vendo problemas onde não existem e homens não vendo nada, nem o necessário.

ela exagera, dramatiza. normal.

mas ele foi idiota. e ser idiota é muito pior que ser mulher, não é?

conversamos por tanto tempo e agora me ocorre, o que me deixa com raiva de mim, é que não disse o essencial: pra ela se livrar do infame, simplesmente porque ele é infame.

não sei porque cargas da’água eu excitei, logo eu que falo o que vem de dentro. talvez por saber que o que eu falasse ela o faria. talvez por saber que a verdade  poderia ser outra. ou porque eu já sabia o final da história.

e neste instante a vontade que me dá é de olhar nos olhos dela e dizer o que precisava ser dito. eu sei, é difícil olhar nos olhos de quem se ama e falar uma coisa pesada.

imagino agora. eu falando, ela chorando. eu a abraçando, ela se despedaçando.

porém eu sei, minha linda amiga, e por isso nem sofro mais tanto contigo, e quase nem me comove essa tua história. não porque me ligou as três da madrugada, mas porque  a verdade é que esse salto agulha que agora dança dentro de ti irá pular fora. outros sambas tocarão e te farão sorrir.

o desfecho da história eu não sei. mas eu queria é que ela simplificasse, torna-se o pesado bonito e o leve alegre. assim, seria um final feliz.

e o que é  a vida se não isso? fins e inícios.

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